Em alguns momentos, a escola fica perdida. Não sabe atender o que peço. Bilhetes atrasados; a professora diz uma coisa e a direção outra.”. Essa foi a fala de um responsável em uma das sessões psicopedagógicas. Essa mesma fala ouvi nos corredores das diversas unidades escolares nas quais trabalhei em diversas funções.
Pequenas grandes falhas que devem servir de alertas de que alguma coisa anda do avesso. Não apenas a comunicação abalada, mas os fatores que a geraram desta forma que saltam aos olhos nesse setor que abriga os nossos filhos e pupilos.
A Empresa “escola” está ligada ao pedagógico e ao administrativo e, isso muitos responsáveis não têm ciência. Ou melhor, não são orientados de como é o funcionamento do local.
Isso corrobora para um abismo enorme entre um olhar da escola e outro. Ao tratarmos de uma escola particular, aplica-se a energia em encontrar alunos e mantê-los. Para isso, em alguns momentos, a equipe diretiva se perde do pedagógico e foca no administrativo.
Porém, essa é uma das maiores falhas que pode cometer. Porque o impacto de um pedagógico vulnerável ao clima financeiro demonstra falta de qualidade na aprendizagem e no diálogo com os pais e responsáveis. Por outro lado, ao tratarmos de uma escola pública, estamos no mesmo processo de ensino e aprendizagem.
Não se pode esquecer disso.
No momento exato em que a equipe se afasta do que visão da escola deseja, é como se o foco se perdesse. Lacunas aparecem, profissionais insatisfeitos, pais e alunos desrespeitados e Educação nas mãos de ninguém.
O coaching entra nesse contexto, assim como a psicopedagogia institucional, com métodos de verificação, estratégias e consolidação para que o trabalho nas unidades se efetive e o desenvolvimento de todos os sujeitos se evidencie.
O processo de mudança nem sempre é de uma hora para outra, mas em média as duas primeiras reuniões de nivelamento já demonstram em qual setor ou sujeito o profissional precisa atuar de imediato.
Ouço líderes solicitando a saída de outros sem, ao menos, dar a chance de alinhamento. O descarte de bons profissionais acontece porque o foco é no problema e não na solução. O manter profissionais que já não agregam, ali, o valor desejado acontece, em muitos casos, por acomodação ou por crenças de que ”ruim com ele; pior sem ele” que se propagam por anos.
Os líderes estão perdidos? Talvez, não saibam que existem caminhos diferenciados e desconheçam que o setor escola faz parte de outras instituições como a família e a sociedade. O que mais se vê nas unidades é a divisão, ora de tarefas ora de atitudes, falta de desenvolvimento acadêmico multidisciplinar , fragmentação de sujeitos e um processo de sanções e regras pautado em “eu quero!”.
Esse contexto não se valida em algumas escolas. Isso reforça a minha tese de que múltiplos olhares vão agregar múltiplos resultados, sejam mensurados em valores ou preços.
Muito grata pela leitura,
Nadia Rockenback
12/01/2017
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